Caracas (Reuters) – A Venezuela não concederá salvo-conduto para a saída do país de seis assessores da oposição que se refugiaram na embaixada argentina em Caracas, informou uma autoridade do partido governista na noite de quarta-feira (16).
Autoridades argentinas de alto escalão disseram à Reuters este mês que o governo do presidente Nicolás Maduro havia renegado as promessas feitas em abril de permitir a saída dos assessores. A oposição diz que Maduro está mirando nos rivais antes das eleições presidenciais de julho.
O governo do presidente libertário de direita da Argentina Javier Milei – que já discutiu verbalmente com Maduro – vai aumentar a pressão sobre a questão, disseram fontes oficiais, acrescentando que os seis assessores correm perigo físico se não deixarem o país.
“Pressão? Eles não vão nos pressionar”, disse Diosdado Cabello, segundo no comando do partido socialista governista da Venezuela, em seu programa semanal de televisão. “Hoje, acho que a resposta do governo da Venezuela foi dada: negada. Não há passagem segura para aqueles que não amam este país”, afirmou Cabello.
Os assessores da líder oposicionista venezuelana María Corina Machado solicitaram asilo em março, depois que o gabinete do procurador-geral anunciou mandados de prisão contra eles por conspiração.
Machado, que negou qualquer alegação de má conduta por parte de sua equipe, foi substituída como candidata da oposição depois que uma proibição de ocupar cargos públicos foi confirmada pela Suprema Corte.
Ela continuou a fazer campanha em nome do candidato registrado Edmundo González.
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