Washington (Reuters) – Os preços de itens importados nos Estados Unidos tiveram o maior aumento em dois anos em abril em meio à alta dos custos de produtos de energia e outros bens, sugerindo que a inflação doméstica pode permanecer elevada por um tempo.
Os preços de importados subiram 0,9% no mês passado, o maior aumento desde março de 2022, após alta revisada para cima de 0,6% em março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que os preços de importados, que excluem as tarifas, avançassem 0,3% após um ganho de 0,4% relatado anteriormente em março.
Nos 12 meses até abril, a alta dos preços acelerou a 1,1%, o maior ganho desde dezembro de 2022. Os preços subiram 0,4% em março, o que foi o primeiro aumento anual desde janeiro de 2023.
As leituras mais firmes dos preços de importados lançaram uma sombra sobre as perspectivas de inflação. Dados de quarta-feira mostraram que a inflação está retomando sua tendência de queda depois de ter aumentado no primeiro trimestre, com a alta dos preços ao consumidor se moderando em abril depois de registrar avanços sólidos por dois meses consecutivos.
A diminuição da pressão dos preços, juntamente com a flexibilização das condições do mercado de trabalho, reforçou as expectativas de que o Federal Reserve começará a cortar a taxa de juros em setembro.
O banco central dos EUA tem mantido sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50% desde julho, após um aumento total de 525 pontos-base desde março de 2022.
Os preços dos combustíveis importados aumentaram 2,4% em abril, depois de terem subido 5,4% em março. O custo dos alimentos importados aumentou 1,7%, de 1,6% em março.
Excluindo combustíveis e alimentos, os preços de importados aumentaram 0,6%, de 0,1% em março. O núcleo dos preços subiram 0,4% em abril em termos anuais.
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