Na semana passada, Miguel Gularte, CEO da BRF (BRFS3), foi questionado por analistas sobre a possibilidade de a companhia distribuir dividendos aos acionistas, após o segundo trimestre consecutivo de lucros. A resposta foi direta. Essa decisão cabe ao controlador.
Hoje, o controlador respondeu. Em teleconferência com analistas e investidores, o empresário Marcos Molina, acionista majoritário da BRF e da Marfrig (MRFG3), disse que vê “grande chance” de a BRF distribuir à sua controladora os dividendos pelo potencial lucro a ser gerado em 2024.
Na avaliação de Molina, o mercado internacional de frango tem se mostrado forte e consistente. Só nos três primeiros meses, a BBRF conquistou 25 novas habilitações de fábricas e começou a identificar uma recuperação dos preços no mercado externo.
O cenário favorável em 2024, juntamente com o trabalho de melhoria da eficiência operacional da BRF dão a Molina as premissas para acreditar que os dividendos começarão a cair na conta da Marfrig.
O último lucro líquido anual da BRF ocorreu em 2021. Nos dois anos seguintes, a empresa fechou no vermelho. Agora, a dona das marcas Sadia e Perdigão trabalha para fechar 2024 no azul, tendo entregue o melhor primeiro trimestre de sua história.
“Estamos trabalhando para isso, criando as condições para acontecer e, se acontecer, não deveria ser considerado uma surpresa para a administração ou para o mercado”, disse Fabio Mariano, CFO da BRF, ao IM Business, após a divulgação dos resultados trimestrais.
Para a Marfrig, os resultados da BRF têm sido cada vez mais relevantes. Sozinhos, eles responderam por 80% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Marfrig nos três primeiros meses do ano e foram fundamentais para que a empresa revertesse o prejuízo do primeiro trimestre do ano passado em lucro.
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