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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 21, que o novo crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada é um programa “estrutural” e que a medida dará 90 dias iniciais para quem tomou um empréstimo mais caro trocar o financiamento pela nova modalidade, que terá juros mais baixos.
“Esse juro cai pela metade. Nós vamos dar 90 dias, os 90 dias iniciais desse programa, para a pessoa trocar o empréstimo de 5,5% de juros por um de 2,5%”, disse Haddad em entrevista ao ICL Notícias.
“Então, independentemente da Selic, você estará fazendo algo para o bem da família brasileira. Às vezes, o trabalhador nem sabe quanto está pagando de juro. Ele toma o empréstimo que precisa. O consignado no e-Social vai permitir juros muito menores no empréstimo, não importa onde esse trabalhador esteja empregado”, afirmou o ministro.
Questionado se o programa não provocaria um endividamento das famílias brasileiras, Haddad ponderou que, hoje, a população já está endividada e pagando juros altos. “Nós vamos oferecer aos trabalhadores brasileiros uma coisa inédita que pode alavancar o PIB. Mas, mais do que alavancar o PIB, estou falando de uma coisa estrutural”, disse Haddad.
Ao mencionar a alavancagem do PIB, Haddad observou que a Selic está “momentaneamente” alta para combater a inflação e que faz “parte do jogo” usar a taxa de juros para conter esse indicador.
“Ninguém deseja um descontrole inflacionário. Faz parte do jogo usar a taxa de juros para controlar a inflação e realizar o trabalho fiscal necessário para acomodar as coisas. Além disso, estamos fazendo algo estrutural para o futuro do Brasil”, disse o ministro da Fazenda.
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